Ultimamente tenho sentido que não tenho controlo nenhum sobre a minha vida a as minhas atitudes, luto constantemente contra a minha vontade e adio os meus sonhos porque me tento manter viva.
Não vivo á margem da sociedade mas não me sinto parte dela. Todos os dias me debato com os meus problemas pessoais e com a minha fraca vontade de os enfrentar. Definitivamente viver não é fácil, traçamos um objectivo alcançável mas a meio invadem-nos pensamentos que nos fazem querer desistir. Invejo quem tem estabilidade emocional para conseguir alcançar as suas próprias metas, contra as lutas interiores porque eu, por mais que tente, sou uma desistente. Desisto de tudo, desisto de todos, desisto de mim.
Não acredito nas pessoas e ás vezes quando converso com alguém sinto que lhes leio a mente e que toda aquela conversa é só fachada, no fundo aquilo que pensam é totalmente diferente.
Tenho sede de uma conversa interessante, verdadeira e profunda sobre nós. Chega de tertúlias, chega de falar dos outros e chega de conversas triviais sobre coisas que, para além de não interessarem, não têm absolutamente influência nenhuma nas nossas vidas. Que me interessa se o Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do Mundo?? Bom pra ele, trabalhou pra isso e conseguiu parabéns. Mas e então? O que é que eu ganho com isso? Até que ponto é que isso muda a minha vida? Pois... nada. Não consigo entender porque é que bons amigos quando se vêm falam sobre isso e outros assuntos sem interesse aparente (para mim) e não falam sobre eles próprios. Talvez porque secalhar se falassem descobriam que afinal não têm assim tantos pontos em comum como tinham quando se conheceram, se falassem verdadeiramente provavelmente iriam chegar á conclusão de que nem sequer se conhecem, nem sabem sequer porque ficaram amigos.
A maioria dos meus amigos só conversa quando bebe uns copos, é preciso beber pra dizer aquilo que realmente sentimos? Porque é que reprimimos, principalmente para nós, os nossos sentimentos?
Isto pode ser uma seca, mas ás vezes tem de sair, tenho quase a certeza que se dissesse isto ao meu grupo de amigos (sóbrios) me iam perguntar o que é que tinha fumado ou então: "estás com o período?".
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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