quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Oh Sotor...
Adiante... como pelo menos uma vez por mês faço uma amigdalite (gosto do termo "faço uma amigdalite" ao invés de "tenho uma amigdalite" ou o "fiz febre", também gosto muito, soa a profissional) e nem sempre vou ao médico. Nem é por saber o que me vão receitar, ou porque espero horas infinitas na sala de espera é, pela Arrogância dos médicos (peço desculpa aos médicos e futuros médicos que não se encaixam neste perfil), têm alguma cadeira na faculdade de "Arrogância-Médica" ou "Ter-a-mania-que-sabe-tudo" ou ainda "Como-humilhar-os-pacientes-e fazê-los-sentir-que-estão-a-fazer-o-Sôtor-perder-tempo"???
Porque eu não entendo, não deveriam fazer-nos sentir melhor? Curioso, não sinto nada disso quando falam comigo.
Apresento as minhas possíveis teorias:
Será que a maioria, por serem "ratos de biblioteca" se tenham esquecido de como lidar com as pessoas?
O facto de terem estudado tanto e durante tanto tempo, dá-lhes a errada sensação de que são seres superiores?
A arrogância faz parte do personagem e são assim para não se envolverem emocionalmente com os pacientes? (Se bem que ser um bocadinho mais simpático não custava nada)
E agora as duas teorias mais provaveis:
Já apanharam gente tão estupida nas urgências que não têm paciência para os outros?
Não gostam daquilo que fazem?
Enfim... é pena. Eu que até adoro a Anatomia de Grey... a realidade é bem mais cruel!!
sábado, 16 de maio de 2009
Ódios de estimação
1. Odeio os termos "naperon", "escrivaninha", "maples", "persianas", "sotôr", "tou a fazer o comer", "dissestes" e todos os "estes", "quaisqueres", "alcofa" e mais que agora não me lembro.
2. Acordar cedo, fico mesmo tipo zombie, a não ser para ir para a praia, acordo com a melhor disposição do mundo.
3. Apanhar chuva, se puder nos dias de chuva não saio de casa, chuva e vento então é o cumulo.
4. Intervalos, quando está a dar um filme ou uma série que gosto, o tempo de intervalo consegue ser o dobro do tempo, por favor.
5. Conversas de ocasião, ou a chamada conversa de elevador.
6. Pessoas sem opinião.
7. Ver o telejornal, a não ser que a noticía me interesse. Que me interessa a mim se a Couve da dona Albertina é a maior que já apareceu lá na terra, vão comê-la, certo? Esse tipo de concursos a mim irrita-me.
8. Que me digam que SIM só porque SIM.
9. Ver animais mortos na estrada, estraga-me o dia... e a noite.
10. Last but not least: queijo, detesto queijo, o cheiro... oh valha-me Deus, como é que há pessoas que comem aquilo á dentada.
Quem quiser apropriar-se do desafio, sabe bem, a sério.
10 Guilty Pleasures
Vale tudo, livros, discos, filmes, qualquer coisa serve, desde que gostemos e nos envergonhemos um pouco desse gosto, ao mesmo tempo.
1. Ver os filmes da Disney, choro em qualquer um, sou terrivelmente lamechas, é triste eau sei.
2. Ponho o despertador para ver a Anatomia de Grey, thank God que o mais cedo é as 9h e tal senão estava feita.
3. A mijoca da bebedeira e a cagada da ressaca. Há lá coisa melhor que me sentir limpinha, e aliviada.
4. Gosto de ver as revistas das quadrilhices só para ver as toilletes das madames, os cabelos e os sapatos.
5. Adoro quando dão quedas á minha frente, é triste gozar com a desgraça alheia mas abre-me um sorriso para o resto do dia.
6. Despejar as gavetas e armários e arrumar tudo por cores e tipo. Eh pessoazinha ocupada.
7.Não consigo dormir sem lavar os dentes, o rabo e os pés, sou uma pessoa extremamente asseada.
8. Ponho carne picada na sopa e faço papas de iogurte com bolachas e fruta. Nhami...
9.Quando estou muito mas muito triste gosto de cantar (leia-se berrar) alto, musicas que não passam pela cabeça de ninguém. Os meus vizinhos devem-me adorar.
10. Ler e ver o Harry Potter.
E é tudo, vou pegar na dignidade que me resta e vou fazer as minhas papas de iogurte e bolacha e ser feliz.
Aqui e agora. Direitos dos animais
Este debate deu na sic, na passada 5ªfeira e era sobre os direitos dos animais, abordaram temas como as touradas, o abandono dos animais, a adopção de animais por donos experientes que origina cães agressivos e o posterior abandono e abate, a humanização dos animais, animais no circo.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
memórias
Os meus maiores dramas eram porque o jantar tinha bróculos, as sandes eram de queijo ou porque a minha amiga tinha faltado nesse dia.
A minha sensibilidade é posta á prova diariamente quando me são feitas questões ás quais tento dar uma resposta menos adulta e que não traumatize ninguém porque, as minhas recordações da infância são tão puras que quero que todas as crianças á minha volta, cheguem á minha idade com, pelo menos a mesma que tive, ou uma melhor ainda, infância possivél.
Era tão bom ser pequenina... quem me dera nascer outra vez e saber o que sei hoje! :P
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Definição do ser
Quero trabalhar com crianças, dentro da minha área há infinitas oportunidades de ser educadora mas ligada á arte, educação especial, posso fazer tantas coisas e no final do dia por pior que esteja o mundo "cá fora" sei que fiz a diferença, sei que marquei alguém.
Existe coisa melhor que um filho fazer um mero desenho para oferecer áquela pessoa (mãe, pai)?? E esse desenho ter sido feito com a minha ajuda faz-me sorrir por dentro.
Se sou ou não extraordinária, a questão não se prende por aí, posso ser perfeitamente comum no dia a dia, e para outros ser o tudo, ser aquela pessoa. Claro que isto não se aplica á minha família, serei sempre a "ovelha negra", a "impulsiva", a "indecisa", a "diferente", a "das tatuagens", a "de artes", enfim... eles não compreendem, nem têm de compreender, é isso que me define como pessoa e não me importo se sou comum, se não sou a "ARQUITECTA" sou completa, sou FELIZ!
sábado, 28 de março de 2009
Autismo
Quando lá cheguei os meninos, entre os 3 e 11 anos, fizeram uma festa enorme e todos queriam saber quem era a monitora nova, estava na sala a falar com a coordenadora e entrou um menino, já com 11 ou 12 anos, comeu alheio ás pessoas que estavam na sala, falou sózinho, gesticulou e foi-se embora, percebi logo que era autista mas confirmei, sim é autista e não é o único, há mais 5.
Vai ser essa a minha função, vou ser responsável por 2 meninos autistas com 3 anos, um não fala e ainda usa fralda e a outra fala pelos cotovelos e é mais independente. O meu trabalho será acompanhá-los e tentar que eles se integrem, na medida do possível no resto da sala do jardim de infância.
Estive a ler alguns artigos sobre o assunto para estar mais preparada e descobrir formas de chamar a atenção deles, seja como for, estou mesmo muito entusiasmada, sei que vou errar, não vai ser fácil mas trabalhar com crianças é a coisa mais gratificante que existe, estar presente e poder fazer a diferença, por mais infíma que seja, na vida de alguém é qualquer coisa. Era o que eu queria, este trabalho caiu do céu, não paro de pensar nisso e não vejo a hora de começar. Estou ansiosa para que chegue segunda-feira para estar com eles.