"o amor é quando duas pessoas estão juntas e o silêncio não incomoda"
Foi a melhor definição que já ouvi para descrever o amor, mas amor não pode nem deve ser confundido com relação.
Amar á distância é dificil mas, nada é mais complicado que estar 24h com o nosso amor, quando descobrimos todos os seus defeitos, quando o vemos acabadinho de acordar, a ressonar, com mau hálito, a cortar as unhas dos pés, na casa de banho, enfim... idealizamos o nosso "amor" como algo que ele no fundo não é. É apenas uma pessoa normal por quem sentimos um profunda empatia e com quem queremos estar sempre, só a ideia de o imaginar longe ou com outra nos faz doer por dentro, nos dá uma raiva tamanha que queremos arrancar a dor do peito com as mãos. Ultimamente só tenho sentido vontade disto, de arrancar aquilo que sinto do meu peito e do meu pensamento, ver a pessoa que amo como os outros a vêem, um rapaz vulgar.
Amo-o, é verdade, mas a paixão é tão melhor, tão mais intensa e mais bonita. Sentir que temos de aproveitar cada minutinho que partilhamos, medir as palavras e aquele aperto no estômago quando ele está para chegar, o amor é muito bonito mas a paixão é algo muito mais profundo. Gostava de voltar ao inicio, á fase da paixão porque essa sim faz-nos cometer loucuras e dizer aquilo que sentimos, faz-nos ficar acordados de noite e pensativos durante o dia, faz-nos agir feitos parvos e sorrir sózinhos como se aquela pessoa estivesse sempre ali, a observar-nos, faz-nos parecer uns idiotas e andar na lua.
O amor é uma amizade que nunca morre, é uma partilha.
Porque os opostos se atraem, ou não, eu tenho tendência para me juntar com pessoas iguais a mim, que fazem as mesmas birras e reagem da mesma forma. Nenhum de nós dá o braço a torcer, nem pede desculpa (a não ser que seja grave). Há atitudes do dia-a-dia que magoam e ninguém pede desculpa, há palavras que doem e gestos, ou a falta deles, que nos faz sentir vazios por dentro. Questiono-me constamentemente se aquilo que sinto é mutuo, se ele também sente a minha falta, ou se também gosta tanto de mim mas não consegue dizer que só lhe apetece bater em qualquer coisa ou em alguém.
Gostava de sentir aquilo que muitos dizem: "discutir é mau, mas não há nada como fazer as pazes a seguir", eu não faço as pazes, vou fazendo. As coisas não ficam imediatamente bem e eu gostava que ficassem, gostava que me ensinassem a amar e a ser amada. Que me ensinassem a medir as palavras e os gestos e a ter as atitudes correctas nas horas certas, sem magoar, sem discutir. Antes que a paixão arrefeça, antes que o amor morra devagarinho.
Apesar de poder parecer, eu não quero passar por tudo novamente, gosto daquilo que conheço, bom ou mau é isto que quero, só queria um bocadinho dos dois, amor e paixão q.b.
"Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo."
Pitágoras
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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